terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Penso que o logo não existe..."

Penso que o logo não existe
já que tão logo partiste
antes mesmo que nossa melodia terminasse.

Quem dera eu escrevesse;
quem dera eu fosse músico;
quem dera você desce um tempo pra que eu subisse e soubesse o nosso.

Quem dera eu fosse assim tão racional,
saber entender o jogo do logo;
jogo esse que não consigo deixar de pensar sobre.

Sobre minha folha branca não há tese, nem mesmo hipótese que explique esse comportamento.
Em minha folha branca só teu sorriso:
branco, pálido, mórbido.
defronte, eu.
defronte, lívido.
defronte, na retaguarda.
Minguante, baixa, a maré seca e foge,
revelando em seu retiro a erosão que o tempo não conseguiu evitar.

penso e o logo ainda não existe

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