Doug Monlevade
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Sinceridade
Ironia indecente e não decadente, dor sem cura e doente,
Cortou-me o peito por diversas vezes profunda e inevitavelmente.
A falta causa mais dor que a faca mais afiada, e o sangue que escorre jorra livre, como as cem verdades menos desejadas.
Explicações seriam simples e nem apologias necessárias.
Tolo que sou nesse rio quase seco no qual caranguejos e piranhas coabitam, acabo tomando por minha a falta de um alheio.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Poema n°09 - Século XXI
De esperar afeto em desespero,
Feições de amor tomou-me o respeito
E, com ânsia, lhe mostrou meu peito,
Esperançoso de amizade e não desprezo.
Mas dos fatos feitos em desafeto
É desrespeito apenas que mostra o verbo.
Amar nele não é pois exige afeição,
Talvez fazer, de carinho, mas esse também não.
Do caminho onde não se sabe sorrir,
A verdade que resta é aquela do partir.
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